Fome Emocional: O que é, Sintomas, Causas, Como reconhecer, Como a Fome Emocional pode atrapalhar o Emagrecimento, Fome Emocional e Compulsão Alimentar, Diferença entre tipos de Fome, O que fazer com a Fome Emocional e Principais tipos de Tratamento.

O que é Fome Emocional?

Não é segredo para ninguém que uma alimentação correta e saudável faz toda a diferença na balança e na qualidade de vida das pessoas. Mas nem sempre sentimos vontade de comer alimentos nutritivos. Muitas vezes, devido à rotina estressante e cansativa, procuramos bem-estar em comidas calóricas e gordurosas.

Quando isso acontece, é preciso ficar atento, pois essa vontade imediata por determinados tipos de alimentos visando aliviar as emoções pode se tratar de Fome Emocional.

A Fome Emocional não é um transtorno, mas sim um comer transtornado que tem um fundo psicológico ou comportamental. Quem sofre com o problema procura na comida uma forma de encontrar sensações agradáveis, se livrar de sentimentos ruins, buscar alívio e conforto.

Essas sensações são de fato encontradas a princípio, mas, em pouco tempo, o bem-estar causado pelos alimentos pode se transformar em um sentimento de culpa.

Fome Emocional Como tratar

Geralmente a comida é usada para camuflar sentimentos negativos como tristeza, frustração, angústia, tédio e ansiedade. Diversos fatores emocionais, momentâneos ou não, podem ser um gatilho para que a pessoa coma mais, mesmo sem a necessidade fisiológica de comer.
A Fome Emocional é ainda um grande vilão do emagrecimento pois a alimentação impulsiva acaba se tornando um hábito. Esse comer sem de fato precisar pode, ao longo do tempo, fazer com que a pessoa fique com excesso de peso, podendo desenvolver até mesmo a obesidade.

Sintomas de Fome Emocional

A Fome Emocional tem características muito específicas, que se diferem bastante da Fome Física. Os principais sintomas são:

  • Comer para aliviar estresse ou sentimentos ruins
  • Comer como comemoração
  • Comer como forma de recompensa
  • Não conseguir controlar o impulso de comer
  • Fome repentina diante de alguma situação difícil
  • Comer sem ter fome física
  • Vontade de comer alimentos específicos
  • Ansiedade para comer
  • O momento de comer pode ser mais rápido do que o habitual
  • Sentimento de culpa posterior ao Comer
  • Sentimento de prazer ou alívio intenso no momento de comer
  • Arrependimento depois de Comer

fome emocional

Causas da Fome Emocional

As causas da Fome Emocional geralmente estão ligadas a fatores psicológicos e ao estado emocional da pessoa, também podendo surgir devido a fatores relacionados ao ambiente (situações difíceis em casa, com relacionamentos ou no trabalho, por exemplo), à convivência e ao momento que a pessoa está vivendo.

O comer se torna uma resposta para lidar com sentimentos e emoções como estresse, tristeza, angústia, insatisfação e principalmente com a Ansiedade. Uma rotina desgastante ou um relacionamento conturbado também podem desencadear a Fome Emocional.

Lembrando que os sentimentos não são a Causa da Fome Emocional, mas sim a maneira inadequada que as pessoas desenvolvem para lidar com os sentimentos.

Fome Emocional como tratar

Como reconhecer a Fome Emocional

Antes de comer, é importante fazer uma análise interna para discriminar qual tipo de fome estamos sentindo para que seja mais fácil identificar a Fome Emocional e posteriormente criar estratégias para lidar com ela.

Os primeiros fatores que precisam ser observados são:

• A necessidade de comer é para saciar a fome fisiológica ou se trata apenas por vontade de um alimento específico?
• Estou programando me alimentar tranquilamente ou sinto uma vontade urgente e incontrolável de comer?

Fome Emocional Psicólogo

Quando o comer deixa de significar algo feito para nutrir e passa a ser visto como alívio imediato diante do qual não conseguimos nos controlar, é preciso ficar atento. Normalmente a Fome Emocional aparece relacionada à vontade de comer mais alimentos gordurosos, calóricos e com alto teor de açúcar.

Um padrão da Fome Emocional é que a comida de fato proporciona uma sensação agradável, inicialmente. Porém, logo após comer, o alívio causado pelos alimentos ingeridos pode se transformar em um sentimento horrível de vergonha ou arrependimento.

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Como a Fome Emocional pode atrapalhar o Emagrecimento

A Fome Emocional pode ser um dos principais obstáculos para o emagrecimento, manutenção do peso e até pelo reganho de peso no famoso efeito sanfona.

Isto porque nestes casos a pessoa acaba ficando refém de suas emoções e o planejamento alimentar tende a flutuar de acordo com elas. Se o paciente tem um dia ou semana ruim, com muitos altos e baixos, isso com certeza irá refletir na qualidade e quantidade da alimentação, atrapalhando diretamente as tentativas de emagrecimento.

Mesmo quando uma pessoa faz cirurgia bariátrica e emagrece, pode voltar a engordar se sofrer com a Fome Emocional.

Fome Emocional Psicóloga Fabíola

Se não houver mudança na cabeça e na relação que desenvolvemos com a alimentação, mesmo tendo um estômago pequeno, o paciente continuará mantendo os mesmos hábitos alimentares, a mesma busca de alívio nos alimentos e os famosos “pensamentos de gordinho”, uma combinação explosiva para frustração e reganho de peso.

Por isso é tão importante orientação e tratamento psicológico especializado.

Fome Emocional é Compulsão Alimentar?

A Fome Emocional não é equivalente à Compulsão Alimentar, mas pode ser um sintoma ou um gatilho para disparar um episódio compulsivo.
É normal comer movido pela emoção ou comer demais em algumas situações da vida. Essa questão deve ser considerada um problema quando a alimentação se torna exagerada, incontrolável e passa a ocorrer de forma recorrente.

Quando a Fome Emocional não é controlada e se torna o único meio para lidar com as emoções, o paciente pode devolver episódios de compulsão alimentar quando estiver vivenciando momentos complicados.

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Como reconhecer as Diferenças entre Fome Emocional e Compulsão Alimentar para Melhorar sua relação com a Comida.

Diferença de Fome Física e Fome Emocional

A Fome Física é aquela fome que geralmente é sentida fisicamente e aparece de forma gradual. Ou seja, devido à necessidade fisiológica, a pessoa sente a barriga roncar, fica irritada, pode sentir dores de cabeça e se sentir fraca.

Nesse caso, a alimentação pode ser feita por uma variedade de alimentos que têm como função nutrir o organismo. Esse tipo de fome tende a começar de forma reduzida e costuma aumentar gradualmente conforme aumenta o tempo da última refeição realizada e sendo satisfeita quando a pessoa come.

Fome Emocional Psicóloga Fabiola Luciano

Na Fome Emocional, como o nome já diz, a pessoa se alimenta movida por suas emoções, mesmo que na maioria das vezes os pacientes não consigam logo no início estabelecer a relação entre o comer e os sentimentos envolvidos.

A comida, nesse caso, é usada para sanar algum desconforto emocional, seja por sentimento de frustração, tristeza, ansiedade ou qualquer outro motivo.

É comum a Fome Emocional estar ligada à ideia de merecimento. Por exemplo: Após um dia de muito trabalho, a pessoa come algo calórico pois, ao seu ver, ela merece uma recompensa após o dia cansativo e estressante.

Isso faz com que seja gerada uma relação errada com os alimentos, pois a pessoa come como recompensa pelo desgaste vivido e passa buscar este tipo de recompensa sempre que se sentir desta forma (desgastada, estressada, etc.)

Fome Emocional

O que fazer se perceber que tenho Fome Emocional

A primeira medida a ser tomada ao perceber que tem Fome Emocional é também a mais difícil para algumas pessoas: Abomine dietas mirabolantes!

Elas atrapalham o processo e com o tempo de tratamento os pacientes conseguem perceber e modificar isso, encontrando novas formas mais saudáveis de buscar o equilíbrio entre bem-estar emocional e fazer as pazes com o corpo e peso.

Nem sempre é possível conseguir isso sozinho, grande parte das vezes os pacientes acabam se sentindo perdidos e dando a volta em círculos. Tentam estabelecer um planejamento alimentar e logo se veem devastados por episódios compulsivos ou de descontrole alimentar.

Você não precisa sofrer com episódios de Descontrole Alimentar!

Este ciclo é muito ruim não somente para a perda de peso, mas principalmente para a autoestima do paciente que, após inúmeras tentativas frustradas, passam a desacreditar de si mesmos.

Para romper com este ciclo e retomar o equilíbrio, se faz necessário o tratamento com um Psicólogo Especializado em Fome Emocional e no processo de Emagrecimento, além de nutricionista para amparar o tratamento, quando necessário.

fome emocional tratamento - Psicóloga Fabíola Luciano

Existe Cura para Fome Emocional

Sim! Apesar de ser tão difícil se controlar sozinho, quando o paciente busca acompanhamento é possível reverter a Fome Emocional.
Para isso, é necessária a busca por um Psicólogo Especializado.

Com orientação e o tratamento adequado, o paciente desenvolverá as habilidades necessárias para a transformação de seus hábitos, pensamentos e sentimentos.

Como lidar com a Fome Emocional

Existem diversas maneiras de lidar com a Fome Emocional e superá-la sem deixar que os fatores emocionais influenciem na alimentação. Para isso, é preciso adotar um comportamento consciente e mudar alguns hábitos que podem ser gatilhos para o problema.
Para começar, é preciso identificar os motivos que estão levando à vontade de comer de forma excessiva.

Alguns sentimentos, emoções e situações podem fazer com que a Fome Emocional apareça. Por isso, é importante estar atento às causas do problema e tentar identificá-las para que haja uma conscientização e para não deixar que as emoções influenciem diretamente na relação com a comida.

Para muitas pessoas é difícil reverter sozinhas este quadro e, nestes casos, para que os sintomas da Fome Emocional diminuam, é importante ter um Psicólogo especializado para dar suporte e ajudar o paciente a encontrar uma relação mais proveitosa e um comportamento mais funcional com a alimentação e suas emoções.

O tratamento proporciona resultados excelentes e garante estas mudanças de forma sustentável e saudável.

Fome Emocional Tratamento SP

Tratamentos para Fome Emocional

Independente do grau da Fome Emocional, é de extrema importância procurar tratamento. Não só pela questão do emagrecimento saudável, mas também pela qualidade de vida e autoestima, tendo em vista que os pacientes além de sofrerem com o descontrole alimentar, sofrem também com a culpa, arrependimento, baixa autoestima e ansiedade.

Existem diversos tipos de tratamentos que podem ajudar as pessoas que sofrem com a Fome Emocional. O ideal é buscar um tratamento psicológico em conjunto com um acompanhamento nutricional especializado.

Tratamento Nutricional

O nutricionista irá alinhar com o paciente a melhor forma de conduzir o planejamento alimentar, utilizando técnicas de nutrição comportamental e estabelecendo uma relação consciente e saudável com a comida.

Fome Emocional Psicólogo

Tratamento Psicológico para Fome Emocional

A terapia cognitiva comportamental é uma referência na área clínica para lidar com o processo de Emagrecimento, Transtornos Alimentares e Fome Emocional. Ela traz resultados seguros e ensina o paciente a construir uma nova forma de se relacionar com a alimentação.

O tratamento visa trazer os seguintes benefícios:

1. Compreender a correlação entre Sentimentos e Vontade de Comer
2. Psico Educação sobre o funcionamento da Fome Emocional
3. Técnicas para compreensão dos gatilhos emocionais que levam ao comer
4. Gerenciamento das Emoções
5. Estratégias Alternativas ao Comer
6. Maior auto controle
7. Técnicas para perceber e lidar com a Ansiedade
8. Diminuição dos Sintomas
9. Modificação da Função da Comida
10. Restabelecimento de relação saudável com a Comida

Conheça a Psicóloga Fabíola Luciano

Assista um vídeo sobre Fome Emocional:

Psicóloga Fabíola Luciano

Especialista pela Universidade de São Paulo – USP

Colaboradora do Grupo de Compulsão Alimentar do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP

Atualizado em 08/05/2020

3 Comments

  1. Avatar de Alcione Mayer
    Alcione Mayer5 de abril de 2019 at 17:15 - Reply

    Seu artigo respondeu a questões presentes em minha vida há mtos anos e me mostrou esclarecedores que até então me confundiam. Tem buscado um caminho e estado cada vez mais enredada pela vontade de comer, ganho de peso , baixa estima, uso de moderadores com efeitos colaterais negativos, etc, etc, etc.
    Moro em Curitiba, gostaria de sua ajuda.

    • Psicologa Fabiola Luciano Especialista pela USP Sobre a Psicologa - Psicóloga Fabíola Luciano
      Psicóloga Fabíola Luciano14 de maio de 2020 at 11:59 - Reply

      Alcione, bom dia!
      Que felicidade poder contribuir para o seu processo pessoal através deste artigo!
      Agora que você já encontrou um primeiro caminho, precisamos cuidar da sua relação com a Alimentação e compreender melhor a Fome Emocional na sua vida.
      Infelizmente não conheço ninguém na sua cidade para te indicar, mas sugiro que você busque por uma Terapia Cognitiva Comportamental.

      Se precisar de alguma ajuda, também realizo atendimentos online.
      Um beijo carinhoso,

      Psicóloga Fabíola Luciano.

  2. Avatar de Letícia Rogick
    Letícia Rogick18 de abril de 2022 at 12:40 - Reply

    Eu estou me exercitando há uns bons anos e nunca consigo emagrecer, até perceber que eu como quando estou frustrada, ansiosa, feliz e etc. Ou seja, em qualquer situação eu uso alguma desculpa para comer exageradamente… Hoje eu comecei a anotar quando eu tenho episódios compulsivos, o que eu estou sentindo no momento e se realmente estou com fome ou apenas comendo para me sentir feliz. Já percebi que quando eu chego da academia, quero abrir os armários e sair devorando tudo que vejo pelo frente e depois fico triste por ter falhado mais uma vez, eu passo o dia todo praticamente em um alto nível de ansiedade, é muito bom quando a gente consegue perceber que tem um problema, pois, assim podemos tratar, eu não imaginava que tinha esse problema, eu só me definia como uma pessoa que come demais pq está com o estômago do tamanho de uma bola de vôlei. Espero melhorar e conseguir lidar com as minhas frustrações sem descontar na comida e voltar a ter uma relação saudável, como eu tinha antes.

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