São Paulo, 18 de julho de 2022, por Psicóloga Fabíola Luciano – Entenda o que é a Baixa Autoestima, sintomas, como reconhecer, tratamento e muito mais.

O que é a Baixa Autoestima?

Todo ser humano possui Autoestima. Isso significa que, desde a infância, todos desenvolvem a capacidade de fazer uma avaliação subjetiva sobre si próprios.

E, assim, reconhecendo suas ações, conquistas e evoluções pessoais e profissionais. Muitas pessoas, porém, apresentam grande insegurança e dificuldade em reconhecer o potencial e beleza que têm.

Logo, sentem-se inábeis, sem valor e fora dos padrões. Isso pode significar a presença da Baixa Autoestima.

O problema pode aparecer em diversos momentos da vida, atrapalhando o desempenho e rotina tanto no âmbito pessoal quanto acadêmico e profissional. Dessa maneira, o indivíduo com Baixa Autoestima passa a acreditar que não é bom o suficiente, sendo tomado por um sentimento de inadequação em diversos aspectos.

As questões relacionadas à aparência também influenciam muito. E, quando a pessoa não se encaixa em um padrão imposto pela sociedade, pode ter o problema agravado.

Pode-se desenvolver a Baixa Autoestima por diversos fatores que costumam ter ligação tanto com questões do passado quanto por acontecimentos recentes. Aliás, as redes sociais e o excesso de informações também tem influência pois, muitas vezes, a pessoa faz comparações e é tomada por um sentimento de inferioridade.

Baixa Autoestima Foto: Freepik

Baixa Autoestima Foto: Freepik

Causas e Como se Desenvolve Uma Baixa Autoestima

A Baixa Autoestima pode começar a se desenvolver desde a infância, com base no tipo de criação dada pelos pais. Sendo assim, a ausência de estímulos positivos faz com que a criança passe a ter atitudes negativas e leve a Baixa Autoestima para a vida.

Por vezes, na intenção de educar a criança, os pais podem ter atitudes que conduzem ao problema. Então, críticas, castigos, comparações com outras crianças.

Além disso, agressões físicas e verbais, negligência, abandono, abusos, entre outros podem levar à falta de autoconfiança. E à Baixa Autoestima ainda na infância, podendo se estender até as outras fases da vida.

Na adolescência, devido às mudanças físicas, psicológicas e hormonais, é comum que os jovens sintam a necessidade de pertencimento. E tentem se enquadrar em padrões sociais e de beleza para serem aceitos.

Por muitas vezes não conseguirem alcançar tais padrões, os adolescentes não desenvolvem uma boa autoimagem e têm a sua autoestima prejudicada. Na vida adulta também há problemas com a ideia de ter que seguir padrões.

E isso tanto estéticos quando sociais, impostos pela sociedade e pela mídia. Portanto, esse fato gera frustração e, consequentemente, causa impactos na Autoestima.

A causa da Baixa Autoestima também pode estar relacionada a fatores ambientais, situações traumáticas, casos de humilhação constante, dependência emocional ou financeira, rejeição, entre outros. Há ainda a possibilidade de ela ser causada por transtornos emocionais, como a depressão.

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Sintomas Da Baixa Autoestima

Alguns sinais deixam evidente a presença da Baixa Autoestima no indivíduo. Os principais sintomas são:

  • Se comparar com outras pessoas
  • Medo de rejeição
  • Necessidade de aprovação
  • Timidez em demasia
  • Falta de confiança em si mesmo
  • Dificuldade para lidar com críticas
  • Preocupação excessiva com o que os outros estão pensando
  • Sentimento de frustração, insatisfação e inferioridade
  • Perfeccionismo
  • Procurar culpados pelos próprios erros
  • Tendência à procrastinação

Como Reconhecer que Tenho Baixa Autoestima?

É preciso reconhecer os sinais e sintomas para identificar a Baixa Autoestima em si mesmo. Normalmente, a pessoa acometida pelo problema é bastante insegura e pode demonstrar isso através de ações. Logo, é possível notar tal insegurança principalmente nos relacionamentos interpessoais.

Assim sendo, o indivíduo com Baixa Autoestima também tem atitudes autodepreciativas. Aliás, ele tem uma visão negativa de si mesmo na maior parte do tempo e interpreta os fatos com pessimismo e negatividade.

Há nele a sensação de que nada do que faça é suficiente, justamente por conta dessa excessiva autocrítica. Então, isso faz com que ele avalie todas as suas atitudes como algo mais inferior do que de fato é.

Além disso, a pessoa com o problema também está sempre em busca da aceitação e aprovação, com uma preocupação excessiva sobre o que os outros estão pensando. Por querer sempre agradar os outros para ser aceito, o indivíduo acaba se tornando permissivo, tendo dificuldades para falar “não”.

Portanto, quando alguns desses sinais são detectados, é necessário buscar o apoio de um profissional especializado. Com isso, o problema possa ser revertido sem que cause danos à saúde física e mental.

Baixa Autoestima Foto: Freepik

Baixa Autoestima Foto: Freepik

Como a Baixa Autoestima Pode me Prejudicar?

A Baixa Autoestima gera impactos principalmente nas questões emocionais da pessoa acometida pelo problema. Desse modo, esses impactos acabam atrapalhando a vida e a rotina do indivíduo, que é tomado por sentimentos como a tristeza. E se vê impossibilitado de agir para sua melhoria.

Quem sofre com esse desequilíbrio na autoestima não se enxerga como alguém capaz. Logo, sente-se inábil e sem valor e, com isso, acaba perdendo diversas oportunidades.

A Baixa Autoestima afeta os relacionamentos interpessoais e o desempenho profissional. Sendo assim, o indivíduo pode perder grandes oportunidades de conseguir um bom emprego por acreditar que não merece ou que não é capaz de consegui-lo.

O problema também afeta nos relacionamentos e convívio social e, em alguns casos, a pessoa deixa até mesmo de sair de casa. A Baixa Autoestima também pode evoluir para transtornos emocionais e problemas com a autoimagem, gerando disfunções alimentares, vício em álcool ou drogas, ansiedade e, em muitos casos, a depressão.

Como Melhorar a Autoestima?

A melhora da autoestima pode ser feita através de um processo de autoconhecimento. Assim sendo, esse conhecimento de si mesmo ajudará o indivíduo a reconhecer seus pontos fortes e fracos, fazendo-o aprender a lidar com eles.

Também é importante que a pessoa com Baixa Autoestima evite comparações com os outros, tendo em vista que nenhum indivíduo é igual ao outro e que cada um tem suas próprias conquistas.

Outro processo eficiente para a melhora da autoestima pode ser feito através do estabelecimento de pequenas metas. Com isso, a pessoa começa a sentir cada vez mais segurança conforme as metas vão sendo alcançadas e desenvolvidas.

Além disso, o convívio com os outros também podem influenciar. E, por isso, é importante se cercar de pessoas positivas, que conseguem enxergar o lado bom da personalidade ou da parte física do indivíduo, enaltecendo-o.

No geral, o indivíduo pode melhorar sua autoestima através de uma série de atitudes e investimentos em si mesmo, como cuidados com a alimentação e o corpo, com investimento em educação e a dedicação para executar bons trabalhos.

Muitas vezes há dificuldade de encontrar o equilíbrio da autoestima sozinho. Por isso, caso seja difícil reverter o problema por conta própria, é recomendado a busca por ajuda de um profissional especializado.

Como é Uma Pessoa que Tem Boa Autoestima?

Um indivíduo com uma boa autoestima é confiante e se sente satisfeito com sua imagem, seu comportamento, seus valores e a forma como vive, no geral. Desse modo, essas pessoas tendem a procurar maneiras positivas de lidar com as mais diversas situações, sem medo de tomar decisões, sem vergonha de si mesmos e aderindo hábitos saudáveis e construtivos.

Quem tem uma autoestima equilibrada consegue receber críticas sem se abalar. Além disso, reconhece os próprios defeitos e lida com eles sem problemas, nunca desacreditando do potencial que possui e sempre enaltecendo suas qualidades.

Baixa Autoestima Foto: Freepik

Baixa Autoestima Foto: Freepik

Existe Tratamento para Baixa Autoestima?

Sim. A Baixa Autoestima é um estado que pode ser alterado e tratado. Assim que os sintomas forem identificados e o problema constatado, é necessário procurar um profissional especializado para auxiliar no tratamento.

A busca por um acompanhamento psicológico se faz necessária para que o profissional ajude a descobrir as causas do problema. E auxilie o paciente a equilibrar sua autoestima.

Isso é feito através de técnicas que objetivam a correção de pensamentos disfuncionais, mostrando ao indivíduo diversas formas de perceber a si mesmo.

O coaching também pode ser uma boa forma de tratamento. Através de atividades com metas, o paciente vai ter mais clareza sobre o que acontece em seu interior. E o que move suas decisões, sendo levado a um processo de ressignificação de vida.

O indivíduo passa a identificar seus pontos fortes e desenvolve habilidades de comunicação e relacionamento, diminuindo a autodepreciação, aumentando a confiança e equilibrando sua autoestima.

Existem alguns tratamentos alternativos, como a meditação, que, dependendo do nível do problema, podem ajudar a pessoa com Baixa Autoestima a elevar o amor próprio.

Em casos mais sérios, pode ser necessário o uso de remédios através do tratamento farmacológico, com medicamentos prescritos por um psiquiatra.

Como o Tratamento Psicológico Pode Ajudar?

O tratamento psicológico, através da psicoterapia, irá levar o paciente a aceitar as próprias limitações e reconhecer seu potencial. Assim sendo, o profissional fará uma análise de todo o histórico do indivíduo para entender quando e por que o problema surgiu.

A partir disso, a pessoa é levada a fazer uma autorreflexão para compreender suas atitudes e opiniões a fim de reestruturar os pensamentos disfuncionais.

Com o passar do tratamento, o paciente começa a se enxergar de uma maneira mais positiva, deixa de se ater a sentimentos e pensamentos destrutivos sobre si mesmo. E passa a recuperar a sua real e saudável autoestima.

Esse desenvolvimento pessoal faz com que o indivíduo se sinta mais confiante para ter melhores relacionamentos. Ademais, melhor desempenho profissional e para encarar os desafios sem medo.

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Conheça a Psicóloga Fabíola Luciano

Psicóloga Fabíola Luciano – CRP 104468
Especialista pela Universidade de São Paulo – USP

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