Inteligência Emocional: Entenda o que é Baixa Inteligência Emocional, Inteligência Emocional e Porque é Tão Importante Desenvolvê-la.
O que é Inteligência Emocional?
Por vezes trabalhamos com pessoas que tem um QI (quociente intelectual) alto, que conseguem tomar decisões racionais e rápidas.
Mas isso não quer dizer que tenham também uma Inteligência Emocional Alta. Inclusive, é possível ser excelente com decisões práticas e ter pouca habilidade de controlar suas próprias emoções e de identificar a dos outros.
E é essa a definição de inteligência emocional: a capacidade de manejar e identificar as próprias emoções e as emoções alheias, conseguindo trabalhar cada uma delas.
Essa habilidade de conseguir gerenciar emoções oferece muitos benefícios, tanto para a vida pessoal quanto para a profissional.
A capacidade cognitiva de uma pessoa não pode ser mensurada apenas pelo seu QI, ou seja, fatores não intelectuais também influenciam o comportamento de todos. Por isso, é de extrema importância que a pessoa desenvolva Inteligência Emocional para alcançar um equilíbrio em sua vida.
Essa forma de inteligência tem o poder de harmonizar a convivência através de diversos fatores positivos, por ela desencadeados. De acordo com estudos feitos pelo Psicólogo Daniel Goleman, autor do livro “A Inteligência Emocional” e PHD da Universidade de Harvard, 90% da diferença entre indivíduos que conquistam sucesso pessoal e profissional e aqueles com desempenho apenas mediano se deve a fatores relacionados a competências comportamentais – que estão ligados diretamente à Inteligência Emocional.
A Inteligência Emocional (IE) é o resultado do equilíbrio entre o Racional e o Emocional.
Ela engloba algumas habilidades específicas como:
- Autoconhecimento,
- Consciência Emocional,
- Empatia,
- Motivação e
- Relacionamentos Interpessoais Saudáveis.
Com essas competências equilibradas, as pessoas conseguem entender a si próprias. E ao mesmo tempo, são capazes de entender e estabelecer relações com os outros.
A Importância da Inteligência Emocional (IE)
Todos que possuem Inteligência Emocional acabam se beneficiando e se destacando em suas ações e projetos. Isso acontece porque essas pessoas têm melhor capacidade de se relacionar, se comunicar, trabalhar de maneira cooperativa e se adaptar a diversas mudanças e circunstâncias.
O modo como as emoções são gerenciadas – incluindo as emoções dos outros – pode ter um papel importante para determinar o sucesso e a felicidade.
As habilidades sociais e emocionais, em um mundo que exige cada vez mais dinamismo somado ao equilíbrio, é fundamental para o sucesso na vida pessoal ou na carreira.
Uma pessoa emocionalmente inteligente geralmente demonstra mais controle sobre suas atitudes e consegue se manter calma em momentos tensos, além de ter a capacidade de dar a volta por cima em situações adversas.
Em um ambiente de trabalho, por exemplo, o profissional que tem o emocional instável pode ter problemas para desempenhar a sua função, tendo toda sua produtividade prejudicada. Já aquele que possui uma boa IE – consegue lidar melhor com situações difíceis, se destacar e realizar suas tarefas de forma mais harmônica.
A Inteligência Emocional também é relevante para a vida pessoal. A pessoa que tem o controle de suas emoções e, ao mesmo tempo, sabe expressá-las, tende a obter sucesso em suas relações.
Nos relacionamentos o lado emocional desempenha um papel de muita importância, já que é preciso lidar com diversas emoções como alegria, tristeza, angústia, raiva, dentre outros.
Quem é emocionalmente inteligente consegue reconhecer o problema e identificar o que o despertou, habilidade que gera equilíbrio nas relações.
O que é Importante para uma alta IE?
Existem cinco pilares para Inteligência Emocional, são eles:
- Autoconsciência,
- Autorregulação,
- Automotivação,
- Empatia
- Habilidades Sociais
No ambiente de trabalho, por exemplo, o profissional com tais características tem uma maior capacidade de liderança e comunicação, sendo altamente capacitado a tomar decisões e alcançando um alto nível de desempenho.
Já na vida pessoal, saber lidar com as emoções pode ajudar a reduzir a ansiedade e aumentar a assertividade. Além disso, pode dar a capacidade para uma análise racional de determinados sentimentos.
Dessa forma, a pessoa com IE alta consegue lidar com os problemas de maneira controlada e coerente, o que faz bem para os relacionamentos, sejam eles amorosos, sociais ou familiares.
Como Saber se eu Tenho Inteligência Emocional
Nem sempre é fácil saber se uma pessoa tem ou não Inteligência Emocional. Para descobrir, é preciso se atentar aos comportamentos, atitudes e pensamentos que podem ser um sinal de que ela existe.
Como já citado anteriormente, a pessoa que tem IE geralmente possui cinco habilidades essenciais: autoconsciência, autorregulação automotivação, empatia e habilidades sociais.
Isso significa que uma pessoa com Inteligência Emocional é capaz de:
Conhecer suas próprias emoções e analisá-las, tendo consciência de quais ações tomar assertivamente.
Outra forte característica de quem possui Inteligência Emocional é a capacidade de se conscientizar das emoções do outro, ou seja, ser empático. Isso se soma às habilidades sociais, ou seja, saber se relacionar socialmente de forma hábil. Assim, se cria um ambiente mais harmonioso e positivo através de uma boa comunicação e relação, seja no trabalho, em casa ou em quaisquer ambientes sociais.
Se questione:
- Como eu reajo à situações difíceis?
- Como as pessoas me percebem?
- Me sinto sob controle das minhas emoções?
- Minhas relações são afetadas pela forma como eu sinto?
Estas são perguntas importantes para uma auto avaliação.
Quais prejuízos de uma pessoa com baixa Inteligência Emocional
Ao ver as vantagens que a Inteligência Emocional pode trazer para alguém, fica claro que quem não a possui pode ter prejuízos. Ter uma baixa Inteligência Emocional pode ter influência significativa em todo tipo de relação. As pessoas que carecem dela encontram mais dificuldade para obter sucesso em todos os aspectos da vida, como já foi dito anteriormente.
O fato de não entenderem os sentimentos das outras pessoas e, ao mesmo tempo, se sentirem incompreendidas acaba fazendo com que se sintam irritadas, o que pode gerar frequentes mal-entendidos e brigas. Isso acontece justamente porque o indivíduo não consegue expressar suas emoções adequadamente. A falta de empatia dá espaço para conflitos, pois quem tem baixa IE não é capaz de interpretar a reação dos outros e, consequentemente, age de forma inapropriada.
Como toda relação é movida por “troca”, dar e receber, escutar o outro e se solidarizar, a pessoa que sofre com a ausência dessas características encontra problemas ao se relacionar.
No trabalho e carreira, a pessoa que não é emocionalmente inteligente também pode encontrar dificuldades, já que é provado que ela tem ligação com a conquista do sucesso ao longo da vida. Afinal, no trabalho, muitas das atividades realizadas têm a ver com relacionar-se com outras pessoas, sejam elas colegas, clientes, fornecedores ou o chefe. Por isso, aqueles que possuem melhores habilidades de comunicação e empatia, acabam se sobressaindo em suas interações, enquanto os que tem baixa IE se estressam com facilidade, se desesperam diante de imprevistos, levam as coisas para o lado pessoal e tendem resolver conflitos através de atitudes impulsivas.
É possível desenvolver Inteligência Emocional?
Totalmente possível! Inteligência Emocional é uma habilidade construída, aprendida e desenvolvida. De acordo com pesquisas, existe a possibilidade de reprogramar as respostas e reações de pessoas em relação ao que elas sentem e aos seus pensamentos, consequentemente mudando o comportamento.
Isso pode ser feito com a análise e reestruturação cognitiva e comportamental. Isso pode ser feito com a ajuda de Coaching ou de terapia com um psicólogo. Esses profissionais possuem competência teórica e prática para fazer o indivíduo desenvolver as habilidades necessárias para o aumento da Inteligência Emocional. Eles auxiliam na busca pelo controle de emoções negativas, o aumento da autoconfiança, aquisição de estratégias funcionais para lidar com pressão e o medo de se expressar.
Além disso, é feito um trabalho para que a pessoa desenvolva empatia e respeito pelos demais.
A partir de novos hábitos adotados, a pessoa pode treinar e aprimorar novas formas de pensar e agir diante das adversidades, das mudanças e dos relacionamentos. Deste modo, a mente e as atitudes são adaptadas para que a relação com os outros e com si mesmo flua com mais qualidade.
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Quais processos podem ajudar?
Nem sempre é possível desenvolver inteligência emocional por conta própria. Por isso, existem especialistas no assunto que, através de técnicas e estratégias específicas fazem o paciente se desenvolver neste campo.
Os profissionais mais indicados para lidar com a questão são os Coachings e os Psicólogos.
– Coaching
Com o coaching, a pessoa que deseja desenvolver Inteligência Emocional aprende a construir um estilo de vida que crie a possibilidade de manter suas emoções saudáveis e, consequentemente, a faça se sentir motivada e disposta para enfrentar os desafios do dia a dia. Para isso, a forma como a pessoa gerencia suas emoções e como ela se relaciona em todos os ambientes é trabalhada, fazendo com que ela se torna alguém mais confiante, motivado e focado.
Isso é feito através de exercícios de autoconhecimento, que permitem que a pessoa conheça a sua verdadeira essência e como os fatores externos e seu histórico de vida influenciam no seu comportamento.
Com as ferramentas do Coaching, o indivíduo recupera a confiança em si mesmo e passa a ter mais autoestima. Tais exercícios instigam a pessoa a aprender e a lidar com as mais diversas situações e com seus principais medos.
Essas atividades auxiliam a pessoa a atingir suas metas pessoais e profissionais através de resoluções de situações que costumam causar desconforto. Com isso, há uma melhora em sua vida pessoal, na relação familiar, nos relacionamentos amorosos e sociais e na vida profissional.
– Terapia
As terapias realizadas por psicólogos também são eficazes na construção da IE. Os profissionais são capazes de ensinar técnicas e ferramentas para trabalhar a questão, orientando a respeito de quais mudanças devem ser feitas para que o paciente consiga controlar seu comportamento impulsivo, irritado e pessimista e passe a trabalhar para desenvolver a IE.
Uma técnica que mostra resultados nesse sentido é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Através dela, o indivíduo consegue focar no que ele pensa sobre si mesmo e sobre as situações que o afligem, podendo refletir sobre como isso afeta as suas ações e sentimentos. A partir disso, alguns padrões de pensamento e comportamento são corrigidos, alcançando o equilíbrio emocional.
Em suma, aprender a conter as emoções e agir com maturidade, lógica, sensatez, empatia e praticidade em resolução de problemas, proporcionará maior qualidade de vida para as pessoas e para aqueles que estiverem ao seu redor, em todos as esferas de sua vida.
Fabíola Luciano – CRP 104468
Psicóloga Especialista pela Universidade de São Paulo – USP