Neste Artigo você irá encontrar:O que é Crise de Pânico, Quem pode desenvolver, Como reconhecer uma Crise de Pânico, Se existe hora para acontecer, Como agir durante um episódio, Diagnóstico, Se existe Cura e Principais Formas de Tratamento.

O que é Crise de Pânico?

A Crise de Pânico é um mal estar súbito que acomete algumas pessoas gerando um grande desconforto físico e mental. Geralmente se dá em pacientes com diagnóstico de Síndrome do Pânico, um transtorno psicológico caracterizado por causar desespero, mal estar repentino e sensação de que algo terrível está prestes a acontecer.

O principal pensamento de uma pessoa que está com Crise de Pânico é de que está à beira da morte.

Diferente dos outros quadros relacionados à transtornos de ansiedade, que normalmente culminam em crise por conta de situações traumáticas ou de expectativas criadas diante das situações, a Crise de Pânico pode surgir do nada, sem qualquer motivo aparente e em lugares onde não há evidência de perigo iminente. Devido a isso, é difícil prever o momento em que a crise vai iniciar.

Crise de Pânico - Psicóloga Fabíola Luciano - Especialista USP

Crise de Pânico – Como identificar sintomas e onde encontrar tratamento especializado.

Existe também a Síndrome do Pânico com Agorafobia, quando o paciente passa a ter medo de frequentar locais onde teria dificuldades de sair ou encontrar ajuda caso tenha uma Crise de Pânico. As crises podem começar a ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum no início da vida adulta.

Quem pode Desenvolver a Crise de Pânico?

A Crise de Pânico pode ser causada por uma série de fatores em qualquer pessoa.

É mais comum em adultos, porém, qualquer pessoa, independente de idade ou gênero, pode sofrer com o problema em algum momento.

O primeiro fator a ser levado em consideração é a hereditariedade. Se a pessoa tem um ou mais parentes que possuem o transtorno, as chances de desenvolvê-lo se tornam maiores.

Existem, porém, outros motivos que podem desencadear as Crises de Pânico, como por exemplo ser submetido a muito estresse diariamente. Também estão entre os fatores de risco questões emocionais atuais e pregressas; traumas como mortes, perdas e mudanças abruptas em qualquer aspecto significativo da vida.

Como Reconhecer uma Crise de Pânico?

A principal maneira de reconhecer uma Crise de Pânico é estando atento aos sintomas, já que não é possível detectar o problema com exames laboratoriais.

Os Sintomas da Crise de Pânico são praticamente os mesmos que os sintomas percebidos nos demais Transtornos de Ansiedade. Muitos dos sintomas físicos podem ser confundidos com infarto ou problemas gástricos.

Veja os principais sintomas para reconhecer uma Crise de Pânico:

  • Palpitações e Taquicardia
    Crise de Pânico - Psicóloga Fabíola Luciano - Especialista USP

    Crise de Pânico

  • Falta de ar
  • Sensação de garganta fechada
  • Sudorese
  • Tremores
  • Hiperventilação
  • Dificuldade para engolir
  • Dores no peito
  • Tontura
  • Desmaio
  • Náusea
  • Sensação de Morte
  • Sensação de que algo horrível vai acontecer
  • Medo da morte ou de perigo iminente
  • Formigamento dos pés, mãos e rosto
  • Sensação de impotência
  • Sensação de Perda de Controle

Como saber Quando a Crise virá?

A Crise de Pânico costuma acontecer de forma inesperada, sem aviso e sem nenhuma motivação específica em muitos casos.

A pessoa pode ter tido um dia normal e, de uma hora para a outra, surge uma crise. Muitas vezes, depois de tantas crises, o paciente passa a evitar determinados lugares ou situações por medo de uma nova crise. Esses são casos de Crise de Pânico com Agorafobia, que é quando se desenvolve medo de ter medo e, de tanto pensar que terá uma crise, a crise acaba vindo realmente.

O Tratamento Crise de Pânico tem uma função imprescindível em auxiliar o paciente a compreender as crises e desenvolver estratégias adequadas para minimizá-las.

Crise de Pânico - Psicóloga Fabíola Luciano - Especialista USP

Crise de Pânico – Psicóloga Fabíola Luciano – Especialista USP

Como Agir Durante uma Crise de Pânico?

No momento da crise, é muito difícil o paciente se concentrar em qualquer coisa que não seja a própria crise e seus sintomas. Apesar disso, algumas estratégias comportamentais podem ser tomadas para tentar controlar a situação.

É importante que o paciente que esteja apresentando Crises de Pânico a aceite. Que tenha em mente que ela existe, porém, apesar de sua intensidade, a crise é passageira e irá acabar em algum momento.

Com esse pensamento, a ansiedade passa a ser menor e a crise tende a passar mais rapidamente.

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Também podem ser feitos alguns exercícios para a respiração, já que, no momento da crise, é normal que o paciente tenha uma hiperventilação por respirar rápido demais.

O ideal é que, ao respirar, o ar seja solto vagarosamente, esvaziando totalmente os pulmões. A tendência com esse procedimento é que a pessoa volte, aos poucos, a se sentir mais calma e segura.

A técnica de respiração mais recomendada para pacientes com Síndrome do Pânico é a Respiração Diafragmática.

Diversas técnicas podem ser empreendidas para amenizar as crises, são amplamente usadas técnicas Cognitivas e Comportamentais. São técnicas com atuações diferentes e complementares para o Tratamento.

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Diagnóstico da Crise de Pânico

O diagnóstico da Síndrome do Pânico, ou das Crises de Pânico, não será confirmado através de exames. É um diagnóstico baseado primordialmente nos sintomas que o paciente apresenta e no histórico de evolução de tais sintomas.

Os profissionais habilitados para fazer o diagnóstico são Psiquiatra ou Psicólogo Especializados em Síndrome de Pânico.

Vale ressaltar que uma única crise não caracteriza Síndrome do Pânico.

É importante que na avaliação pelo profissional seja observada a diferença entre um paciente que seja portador da Síndrome, ou aqueles que estão apresentando crises isoladas. Ambos se beneficiarão do Tratamento para Crise de Pânico, porém o prognóstico pode ser diferenciado.

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A busca por um diagnóstico pode ser exaustiva caso o profissional não conheça os Sintomas das Crises de Pânico. Por conta dos sintomas físicos, muitas vezes o paciente acredita que tenha algum problema cardíaco ou gástrico, buscando outros profissionais antes de pensar no Psicólogo ou Psiquiatra, o que torna o diagnóstico mais demorado.

A Crise de Pânico tem Cura?

Se a Crise de Pânico for um caso isolado, é possível que exija uma solução menos complexa. O que não significa que não requer atenção.

Porém, se as Crises de Pânico acontecem com alguma frequência, de maneira inesperada, é provável que a pessoa tenha desenvolvido Síndrome do Pânico. Nesse caso, é preciso procurar Tratamento Especializado em Síndrome do Pânico.

Assim como todos os Transtornos Psicológicos, nós não podemos falar em cura, mas sim em controle. Significa dizer que ao fazer tratamento adequado o paciente deixa de apresentar sintomas e a doença se mantém sob controle; a qualidade de vida fica preservada e a vida segue com funcionalidade.

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Tratamento para Crise de Pânico

O tratamento indicado é a Psicoterapia e, se necessário, o uso de medicamentos prescritos por um Psiquiatra.

Os remédios podem ser importantes, pois amenizam os sintomas causados pelas crises de pânico, porém, para tratar de fato a causa do problema é preciso focar na normalização do funcionamento psíquico, e isso acontecerá nas consultas com o Psicólogo Especializado em Crises de Pânico.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem amplamente utilizada, contando com protocolos baseados em evidências, e portanto práticas validadas para redução de sintomas.

Cada tratamento terá seu curso e conduta ajustados individualmente. Abaixo alguns benefícios proporcionados pelo Tratamento:

  1. Compreensão sobre o Funcionamento das Crises
  2. Redução das Crises
  3. Estratégias de Gerenciamento Emocional
  4. Manejo Efetivo da Ansiedade
  5. Revisão de Padrão Cognitivo Disfuncional
  6. Exposição e Prevenção de Resposta
  7. Maior Autonomia Global

Conheça a Psicóloga Fabíola Luciano

Psicóloga Fabíola Luciano – CRP 104468

Especialista pela Universidade de São Paulo – USP

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