São Paulo, 21 de abril de 2023, por Psicóloga Fabíola – Encontre aqui fatores que levam uma pessoa a ter transtorno de compulsão alimentar. Também as suas consequências, o que fazer e não fazer durante uma Compulsão Alimentar, Como funciona o Tratamento especializado e mais.
Por vezes, podemos não resistir a uma comida que tanto gostamos e usamos a famosa frase “esse fim de semana extrapolei”. Mas, isso pode acontecer normalmente e não há nenhum problema até aqui.
No entanto, quando a pessoa come exageradamente de forma cada vez mais frequente e descontrolada, ao ponto de se sentir mal pelo excesso, pode ser um alerta de que algo está fora do lugar.
Assim sendo, a Compulsão Alimentar é um transtorno comum que acomete muitas pessoas, causando muito sofrimento.
Muitas vezes os pacientes têm memórias desde a infância de situações de descontrole, comer escondido ou sentimentos de vergonha envolvendo a alimentação.
Mas afinal, quais os fatores que levam uma pessoa a ter Compulsão Alimentar? Confira abaixo mais informações!
Ela se apresenta como um impulso, uma ânsia em comer que não pode ser freada.
Geralmente, envolve uma quantidade de alimentos maior do que a habitual num período curto de tempo. Assim, os episódios não precisam ser diários, mas quando acontecem eles geram sensação de descontrole (a pessoa tem muita dificuldade de parar de comer) e culpa ou arrependimento pelo comportamento.
Então, uma pessoa que vivencia compulsão alimentar experimenta estes sintomas:
Leia mais: Diferenças entre Compulsão Alimentar e Comer Emocional
Como em todos os Transtornos Alimentares e Psicológicos não podemos apontar uma única causa para o desenvolvimento do Transtorno de Compulsão Alimentar, mas de uma interação entre fatores.
Ademais, muitos estudos afirmam que o que pode levar uma pessoa a Compulsão Alimentar seja uma interação entre de muitos fatores.
Veja abaixo alguns desses possíveis fatores:
Sentir muito intensamente sem conseguir regular a força da emoção (O que leva aos episódios compulsivos), ou ainda um excesso de controle emocional, onde a pessoa se conecta pouco com seu mundo emocional, embora ele siga acontecendo, e isso leva à Compulsão.
Maior sensibilidade aos alimentos, fazendo com que comer não se faça necessário somente diante da fome física, mas pelo do prazer sentido durante o momento da alimentação (Incluindo maior vulnerabilidade à alguns alimentos específicos e ainda seu cheiro, sabor e o ambiente)
Ambientes que sejam de cobrança e crítica sobre aparência física, imagem ou peso podem desencadear uma preocupação excessiva em manter esses padrões de corpo e imagem. Assim, fazendo com que a pessoa tenda a controlar a alimentação como recurso para alcançar o corpo e imagem “adequados”. Este caminho pode ser crucial para o desenvolvimento da Compulsão Alimentar.
A privação alimentar é um gatilho enorme para o Transtorno da Compulsão Alimentar. No entanto, muitas pessoas não aprenderam a se relacionar de uma forma equilibrada com a comida, estabelecendo padrões tudo ou nada (O famoso 8 ou 80).
Ou comem tudo que podem, ou estão numa dieta restritiva.
Então, os estudos apontam que a prática de dietas pode agravar em muito os quadros compulsivos.
Este é um fator comum em todos os Transtornos Alimentares. É baseado nesta insatisfação que a pessoa passa a ter preocupação excessiva com sua alimentação, vindo a desenvolver Transtornos Alimentares.
A genética tem um fator importante no surgimento dos quadros psicológicos.
Confira: Transtorno de Compulsão Alimentar
A dificuldade de lidar com as emoções tem forte relação com a Compulsão Alimentar. Isso porque com as emoções desreguladas por alguma situação a pessoa pode sentir muito desconforto.
E, na tentativa de melhorar essa sensação passar a buscar satisfação no ato de comer.
Logo, com o passar do tempo, a aprendizagem e a falta de habilidades para lidar com suas emoções se estabelece o padrão de recorrer a comida sempre que algo a faz se sentir mal.
Então, a comida se transforma em uma maneira de “aliviar” a Tristeza, a frustração, estresse, tédio, raiva, medo. Algumas vezes inclusive, como forma de comemorar ou celebrar.
É comum a associação do comer somente à Ansiedade, e é claro que ela está presente. No entanto, durante o tratamento vamos percebendo diversas outras emoções (Antes invisíveis) que nos levam ao comportamento compulsivo ou ao comer emocional.
Saiba mais sobre a Fome Emocional
Algumas soluções práticas sobre o que fazer:
Algumas soluções práticas sobre o que não fazer:
O Transtorno de Compulsão Alimentar traz consequências físicas, psicológicas e emocionais.
Para o tratamento do Transtorno de Compulsão Alimentar existem protocolos e estratégias estruturadas. E reconhecidas cientificamente por sua eficácia.
O tratamento ajudará o paciente a compreender sua relação com Alimentação, Corpo, Emoções e Autoimagem. Assim, o paciente aprenderá muito sobre si mesmo, sobre os gatilhos que desencadeiam uma compulsão e sobre como equilibrar a relação com a comida.
Desta forma, com tratamento especializado a frequência e intensidade das compulsões tendem a diminuir. Os episódios irão espaçando gradualmente, na medida que o tratamento avança.
A Terapia Cognitiva Comportamental é avaliada com excelência para o Tratamento de Compulsão Alimentar. Além dela, temos também a Terapia Dialética Comportamental, que agrega muito ao tratamento, ajudando o paciente a construir maestria em Habilidades que Regulação Emocional. E de um melhor Gerenciamento da relação com a Alimentação.
Assim, caso você sofra com Transtorno de Compulsão Alimentar ou com o Comer Emocional, o tratamento especializado será um divisor de águas na sua vida.
Confira também: Tratamento da Compulsão Alimentar
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Psicóloga Fabíola Luciano – CRP 104468
Especialista pela Universidade de São Paulo – USP
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