Terapia Para Expatriados – Artigo Sobre as Principais Dificuldades que Enfrenta um Expatriado, Como um Psicólogo pode Auxiliar neste Processo e Porque se Recomenda fazer Terapia em Seu Idioma Nativo.
Ser expatriado é viver em um país estrangeiro. Sendo assim, quando uma pessoa decide sair de seu país de origem para morar em outro, ela é chamada de expatriada. Então, nada mais é que morar no exterior.
O expatriado enfrenta muitas dificuldades ao viver em outro país, seja para estudar, trabalhar ou acompanhar a sua família. E uma das que estão no topo são os problemas de saúde mental que podem acontecer durante o tempo que estiver nesse lugar.
Assim, de acordo com algumas pesquisas ele é mais propenso a passar por estresse, ansiedade, depressão, abuso de álcool e drogas em relação aqueles que vivem em seu próprio país de origem.
Desse modo, entre as principais dificuldades destacam-se:
Embora a decisão de morar em outro país seja para viver novas experiências e conhecer culturas diferentes, a distância da família acaba sendo um fator que pesa bastante.
Sendo assim, ele além de sentir saudade também pode se sentir muito sozinho. E mesmo que as redes sociais tentem aproximar essa relação, o contato pessoal como abraço por exemplo, é um dos afetos mais desejados. Por outro lado, o expatriado ao passar por situações delicadas, pode evitar a busca por familiares para desabafar( no intuito de não preocupar), o que pode comprometer a sua rede de apoio e sensação de solidão.
De acordo com uma pesquisa feita pela Global Healthecare, 9 a cada 10 expatriados possuem sentimentos de isolamento enquanto vivem em outro país. Além disso, quase a metade dos entrevistados afirmaram que a falta de amigos e familiares foram os principais motivos;
Para Tom Wilkinson, CEO da Healthecare:
“Mudar para o exterior é um grande ajuste para todos os expatriados, e é incrivelmente comum experimentar sentimentos de isolamento, mas eles não devem durar para sempre. Garantir que você se cuide é realmente importante e cuidar da sua saúde mental é tão importante quanto a sua saúde física”.
A solidão é um dos desafios que muitos expatriados enfrentam. E isso se explica pelo fato de não ter contato pessoal com amigos e familiares.
Também morar em um país diferente pode dificultar a construção de laços confiáveis de forma rápida. Com isso, a tendência é de um aumento da sensação de vazio. Por isso, é primordial que o expatriado faça amizades e as consolide, participe de clubes ou grupo de interesse comum, e socialize.
Outra dificuldade que o expatriado enfrenta tem a ver com a falta de pertencimento. Ainda mais quando a cultura é muito diferente de onde nasceu e os modos de vida acabam por influenciar a sua personalidade.
É como se ele não se sentisse parte daquele país, apesar de admirá-lo.
Pesquisa realizada pela Global Healthecare declarou que 40% dos expatriados tem dificuldade de ficar longe dos familiares e amigos. Principalmente, pela perda de contato presencial, já que não podem participar de eventos e festas. Certamente, é um grande desafio a ser superado!
O choque cultural é uma dificuldade bem grande dos expatriados.
De acordo com uma pesquisa, essa dificuldade com cultura é um fenômeno violento que afeta a todos que moram em outro país, especialmente quando a mudança de cultura é muito drástica. É certo que a adaptação é um processo lento. Além disso, o cotidiano pode ser um exercício diário; ainda assim é importante, aprender a conviver sob a nova perspectiva.
Apesar de viver no exterior ser uma experiência gratificante e emocionante, os problemas de adaptação a um novo ambiente podem ser prejudiciais.
Até mesmo deixando o expatriado com vontade de desistir e voltar ao seu local de origem. Isso posto, será necessário um reajuste mental para que ele supere e saiba lidar com qualquer problema, seja o clima, idioma, cultura, estilo de vida dentre outras circunstâncias.
Outra dificuldade que o expatriado enfrenta é o aprendizado do idioma no país em que mora. Mesmo que ele tenha estudado antes de se mudar, o contato real com os nativos pode ser uma frustração a ser superada.
Ainda mais se ele ficar ansioso e querer logo dominar essa língua estrangeira, podendo dificultar mais ainda esse processo. Por isso, encontrar meios para se familiarizar com o idioma pode ajudar bastante. Por exemplo utilizar apps, treinar a fala com alguém, assistir filmes, decorar novas palavras, dentre outros.
E principalmente, Seja Paciente Consigo!
Nem todo país aceita um estrangeiro com facilidade e nem mesmo é receptivo. Sendo assim, o expatriado também pode passar por preconceitos ou dificuldades quanto à sua origem.
Toda pessoa é um ser social onde encontra apoio e suporte para encarar a vida com mais entusiasmo. E como expatriado essa rede de conexões, inevitavelmente, diminui levando-o a um esforço em criar novas relações pessoais.
No início em que o expatriado vive no país estrangeiro, a animação e o sentimento de ficar ali para sempre move seu dia a dia. No entanto, com o passar do tempo, devido as adversidades e conflitos, ele pode sentir insegurança entre permanecer ou regressar.
É comum alguns deles não se adaptarem com a realidade que estão vivenciando e voltarem por um motivo específico.
Por isso é tão importante buscar Terapia para Expatriados, de forma a poder analisar o cenário a influência das emoções, minimizando decisões tomadas num momento de desespero.
O expatriado pode ficar no país estrangeiro por curto, médio ou longo prazo e, com isso, ser difícil pensar em perspectiva de vida. Muitas são as dúvidas que pairam em sua mente e até mesmo sobre continuar vivendo ali. Sobre criar ou não raízes.
Com auxílio e acompanhamento psicológico, o expatriado pode compreender seu momento de vida e vencer as essas dificuldades acima citadas.
Todo o processo de viver fora do pais envolve muita mudança e planejamento. Estar com as emoções organizadas é especialmente importante para não se perder em si mesmo e, correr o risco de tomar decisões precipitadas.
A Terapia para Expatriados poderá lhe ajudar das seguintes maneiras:
Estudos relatam uma alta incidência de distúrbios afetivos e de adaptação entre os expatriados. E, por isso, a importância da terapia nesse processo tão delicado de adaptar a um novo estilo de vida que, muitas vezes, é diferente do seu país de origem.
A terapia também auxilia o expatriado a lidar com a infinidade de emoções que emergem neste caminho e com a separação de seus familiares e amigos – fator apontado como extremamente relevante para o desenvolvimento da Depressão.
Fazer terapia em seu idioma nativo é duas vezes mais eficaz do que fazê-la em outra língua.
E isso se explica pelo fato de ser mais fácil expressar os sentimentos livremente sem que se traduza para o terapeuta. Além disso, fará com que se sinta conectado ao seu contexto atual e nativo.
Por que no geral já é difícil acessar as emoções, e em outro idioma pode tornar o processo mais complexo. Um terapeuta da língua nativa pode ajudar a trazer um sentimento de maior compreensão, pertencimento e acolhimento, fazendo com que o fluxo e resultados da terapia sejam mais eficazes.
Fabíola Luciano – CRP 104468
Psicóloga Especialista pela Universidade de São Paulo – USP
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Ver comentários
Olá Fabiola foi muito bom ter encontrado essa sua pagina, estou gostando de ler seus escritos.
já estava procurando ha algum tempo outras pessoas que atendesse pessoas expatriadas. poderias me dizer seu whatsapp?
Conteúdo maravilhoso. Parabens...