Violência Doméstica: O que é, Quais as Características, Estatísticas, Tipos de Agressão, Ciclo da Violência Doméstica, As Consequências de Conviver com ela e Como o Tratamento Psicológico vai Ajudar.
Se trata de um padrão de comportamentos abusivos praticados por um agressor contra uma vítima em qualquer relacionamento. Isso pode acontecer entre o marido e a esposa, no namoro, entre membros da família, com crianças, entre outros.
É extremamente destrutivo, trazendo danos que alteram a vida de todos os envolvidos. Desse modo, o agressor tem como finalidade obter ou manter o controle sobre a vítima a qualquer custo.
Além disso, a violência doméstica não se restringe apenas a um perfil. Infelizmente, ela pode estar presente em qualquer classe econômica, idade, raça, gênero.
De acordo com uma nova pesquisa publicada pela IPEA, o índice de violência contra a mulher é três vezes mais do que com o homem.
Assim, vamos observar alguns números sobre a Violência Doméstica:
A pesquisa ainda coletou que 22,1% recorrem à polícia e 20,8% não fazem queixa.
Não! Há outros tipos de agressões que prejudicam a vítima, inclusive, podendo gerar consequências tão ou mais graves do que a agressão física. Como exemplo é possível citar a agressão emocional. Ela afeta diretamente a autoestima da vítima e suas crenças sobre si mesma, resultando em um processo longo de recuperação.
Lista de alguns tipos de agressão que todos precisamos reconhecer:
Além desses tipos de agressões, pode acontecer do agressor perseguir a vítima, espioná-la, aparecer no trabalho ou na faculdade sem avisar, enviar mensagens ameaçadoras ou quaisquer outros tipos de comportamentos de intimidação.
O ciclo da violência doméstica tem basicamente 3 fases que se repetem sucessivamente:
O clima fica tenso por conta do comportamento do agressor: Crises de raiva, irrita-se por coisas bobas, joga objetos no chão, humilha a vítima e a ameaça. Ela, por outro lado, tenta o acalmar, mas fica aflita, angustiada e faz tudo para não provocá-lo.
O agressor mostra-se descontrolado, explode chegando a agredir não somente de modo físico, mas por meio de violência verbal, moral, patrimonial e psicológica (a tensão da fase 1 se concretiza na fase 2). A vítima sofre tristeza, vergonha, medo, confusão, solidão, dor, entre outros sentimentos angustiantes e intensos.
Nessa fase, o agressor se mostra arrependido e amável com a vítima ao prometer que nunca mais fará de novo. Ele tenta se reconciliar, fazer as pazes e faz muitas promessas para que o relacionamento continue. A vítima ao ver seu remorso e o desejo de querer mudar, o aceita e dá mais uma chance a relação. Em algum tempo, o clima fica melhor, mais calmo, porém, a situação retorna para a fase 1 e o ciclo se repete continuamente.
A violência doméstica possui legislação na forma de Lei 11.340 de 07 de agosto de 2006. É conhecida como Lei Maria da Penha ao estabelecer diretrizes para punir, proteger e dar assistência social à mulher e seus dependentes, os quais sofreram qualquer tipo de abuso pelo agressor.
Algumas informações sobre o que ela diz:
A violência doméstica afeta mulheres, crianças, famílias e a comunidade. Sendo assim, as Consequências são grandes e, muitas vezes, irreversíveis em várias esferas da vida:
Logo que identificar um comportamento agressivo é recomendável procurar ajuda com um familiar ou amigo íntimo. Assim, os primeiros sinais podem revelar que o agressor poderá violentá-la. Então, na fase 1 do ciclo de violência doméstica você já deve ficar atenta e conversar com alguém de confiança. Desse modo, evitará que o agressor cometa atos mais graves como destacado na fase 2.
A vítima pode procurar uma Delegacia de Defesa da Mulher mais próxima de sua residência. Caso não exista onde mora, então, uma delegacia é aconselhável. E, assim, presta queixa ao registrar a ocorrência. Também deverá solicitar medidas protetivas a fim de que se sinta segura e protegida.
É recomendável que, além disso, ela busque redes de atendimento à mulher para ser orientada em como proceder. Os centros de referências à mulher é uma boa alternativa para receber orientação jurídica, psicológica e assistência social.
Há a central de atendimento à mulher que funciona 24h por dia e é gratuita. Basta ligar para 180, informar o ocorrido e que necessita de ajuda.
Se informe, Ligue, Denuncie!
Apesar de ter bons sentimentos e ter desenvolvido uma história com essa pessoa, você deve fazer algumas perguntas a si mesmo para tomar essa decisão:
Se você decidir permanecer nesse relacionamento, seja honesta consigo. A mudança é um processo e a própria pessoa precisa decidir mudar o seu padrão de comportamento abusivo (não é fácil). Assim, não é realista você tentar consertar alguém que lhe abusa. E esteja ciente de que, ao continuar com essa pessoa, o risco de ser agredida e violentada tende sempre a aumentar.
Ao decidir terminar o relacionamento, certifique-se de tomar medidas de proteção, pois o agressor poderá tentar coagi-la ou ameaçá-la por não aceitar sua decisão.
O psicólogo pode ajudar a vítima a encontrar segurança e se recuperar dos traumas subsequentes a um relacionamento abusivo. Sendo assim, esse o Psicólogo pode:
Se você está lendo isso é porque de alguma forma, você precisa ajudar alguém, ou você precisa de ajuda… Não ignore os sinais, não normalize o abuso! Busque a ajuda que você conseguir, mas busque. Não permita que este processo prossiga calada. Você verá que neste caminho, encontrará muitas mãos amigas ao seu lado.
Psicóloga Fabíola Luciano – CRP 104468
Especialista pela Universidade de São Paulo – USP
Referências para informações:
http://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-violencia.html
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34977
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